A diferença entre rural e urbano
MEIO RURAL (Boticas) E DE MEIO URBANO (Braga).
Artur Gonçalves1,2 Graça S. Carvalho2
1. Escola EB2/3 de Palmeira, Portugal (professorartur @ hotmail.com)
2. LIBEC/CIFPEC, IEC, Universidade do Minho, Portugal (graca@iec.uminho.pt)
Resumo
Os Estilos de Vida, como maneiras de agir pensar e sentir, constituíram-se como o cerne desta investigação em virtude de serem as traves mestras da vida e da acção humana e, simultaneamente uma importante alavanca na construção e promoção da saúde. O objectivo do presente estudo é demonstrar se há diferenças significativas nos modelos de Estilos de Vida das populações jovens de meio rural, Boticas, e de meio urbano, Braga, em domínios como: alimentação, higiene, segurança, conforto, lazer, atitudes perante o sexo seguro, bem-estar, ambiente, água, níveis de satisfação, recursos económicos, perspectivas de vida.
Da análise aos resultados sobressai que no âmbito dos Estilos de Vida, a dicotomia Rural–Urbano é significativa em diversos parâmetros analisados. No confronto entre as duas populações estudadas para o campo dos valores, nas variáveis em estudo e nas categorias que as constituem, os jovens rurais expressam níveis superiores de resistência na adesão a novas tendências e mantêm-se num plano mais tradicionalista, conservador e de censura ao incumprimento da norma, enquanto que os jovens urbanos são mais flexíveis e apresentam maior grau de aceitação e de incorporação do novo. As duas realidades apresentam um conjunto concepções sobre os Estilos de Vida bastante diferenciado, o qual indicia a existência de matrizes cognitivas, valorativas e das suas práticas substancialmente diferentes no processo de adaptação ao meio ecossistémico onde actuam. Assim, os Estilos de Vida (EV) ou concepções de vida seguem o modelo KVP (Clément, 2004; 2006), sendo no caso presente EV = f (KVP). Os
EV são função dos Conhecimentos (K –