A dialética da liberdade
O conceito de dialética, porém, é utilizado por diferentes doutrinas filosóficas e, de acordo com cada uma, assume um significado distinto.
Para Platão , a dialética é sinônimo de filosofia, o método mais eficaz de aproximação entre as ideias particulares e as ideias universais ou puras. É a técnica de perguntar, responder e refutar que ele teria aprendido com Sócrates. Platão considera que apenas através do diálogo o filósofo deve procurar atingir o verdadeiro conhecimento, partindo do mundo sensível e chegando ao mundo das ideias. Pela decomposição e investigação racional de um conceito, chega-se a uma síntese, que também deve ser examinada, num processo infinito que busca a verdade. Para Aristóteles define a dialética como a lógica do provável, do processo racional que não pode ser demonstrado.
* Estratégias que limitam a problematização da liberdade
Segundo Adorno (1984), é importante realizar a problematização sobre a liberdade, mesmo que seja difícil conseguir desse questionamento, sem a cumplicidade acerca de seu significado, a almejada resposta clara. Pode-se afirmar que, por mais que a indagação sobre a existência da liberdade seja difícil de ser respondida, ela não deve deixar de ser feita e nem sua resposta deve se basear em critérios imediatistas ou desejos legítimos, pois a urgência de pensá-la não pode nos inclinar a uma resposta forjada ou forçada, quando não há nenhuma verdadeira a obter. A reflexão sobre esse tema não passa pelo julgamento de algo que existe ou não, mas pela incorporação em sua própria definição tanto da impossibilidade de capturá-lo como da necessidade de pensá-lo. Não basta apenas falar da importância da liberdade, é fundamental questionar quais as condições oferecidas para a sua concretização. A Filosofia, por sua vez, também é incapaz de auxiliar a discussão sobre a liberdade, pois se coloca em abstrata oposição ao cientificismo. Adorno (1984) critica a grande filosofia do