A devalorização da mulher
Não vivi esta época, mas o recurso da internet me proporciona viagens incríveis. E foi justamente nestas viagens que pude saber que:
Na década de 30, a mulher era “… divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus esculturada…”.
Na década de 40, ela era “A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua costuma se abrigar…”.
Na década de 50, a Bossa Nova a identificava como: “… Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que vem e que passa…”.
Década de 60, ela era o símbolo de um amor sem limites “… Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é maior que o meu amor, nem mais bonito…”.
Década de 70, o romantismo ainda continuava em alta, de forma mais irreverente mandando tudo pro inferno, porém, era romantismo “… Do que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar, se você não vem e eu estou a lhe esperar…” Hoje, ninguém espera ninguém, no dia seguinte não sabe nem o nome dela.
Durante os anos 80 e 90, não houve muita novidade, porém com a chegada no novo século se estabeleceu o caos, e hoje, o que verificamos nas ondas do rádio ou em outras fontes de áudio e vídeo, é uma enxurrada de insultos que, lamentavelmente nos colocam numa posição, no mínimo, depreciativa.
O mesmo mecanismo que ora uso para viagens culturais, também é utilizado por alguns para capturar os chamados batidões que hoje transformaram a mulher em “Tchutchuca, cachorra, eguinha pocotó, nos chamam de descontraladas e ainda respondemos que estamos atoladinha”.
Como não bastasse, a mais executada no Brasil e alguns outros países, afirma que numa balada o que o cara consegue dizer pra gata é: “… Nossa, assim você me mata. Ai se eu te