A desmedida do capital e o ''messianismo''
O messianismo na política não é algo novo; Jânio Quadros e sua vassourinha; Collor e seus marajás foram representantes maciços desse imbróglio. Atualmente, Marina Silva representa essa ilusão conservadora da mudança dentro do próprio problema, semelhante às jogadas do ex-presidente Fernando Collor: ‘’nova política’’; nem esquerda, nem direita e união do Brasil. O texto a seguir destrinchará essas três promessas messiânicas:
1) ‘’Nova política’’: Marina se coloca como a alternativa que foge dos planos tucanos e petistas. Mas isso é um engano, ela se aliou a quem criticou; ao agronegócio, ao PSB e a elite financeira. A candidata defende uma sustentabilidade ambiental, porém pactua com os ruralistas, monocultores e exploradores da terra (sua campanha é financiada pela indústria de cigarros); antes de definir a candidatura, Marina condenou o PSB por manter a ‘’velha política’’, todavia quando seu partido, REDE, não pode ser criado, ela correu para os braços de seus monstros, representados por Eduardo Campos; ela dizia ter repulsa a aliança do PSDB com os banqueiros e ruralistas, assim como o PT. Porém, agora os redatores de seu plano econômico são: Neca Setúbal, dona do Itaú; Eduardo Gianetti e André Lara, um responsável pelo confisco das poupanças e outro pelo escândalo das privatizações das Teles no período FHC, ambos neoliberais. Marina defende a independência do Banco Central, deixando o Estado sem controle sobre os salários e preços, de forma que permite o mercado decidir os rumos do país, um grande alarme para os trabalhadores e para a macroeconomia saudável. A ‘’nova política’’ não é nada mais nada menos que a mesma política praticada durante anos, tacanha e elitista, porém com ares de alternativa;
2) Nem esquerda, nem direita: O que é a política sem suas orientações? A esquerda nos mostra que a ética é justamente a luta pela justiça social; contra os abusos do mercado pela exploração