A Descrição
→Descrição também é um ato de narrar. Dá suporte para a argumentação, além de despertar a formação de opinião.
→A descrição é colocada na narrativa para caracterização.
∟Papel da descrição no texto narrativo: em geral, a descrição é inserida na “boca” de um personagem – fala.
1. O personagem vê algo;
2. O personagem faz algo;
3. O personagem fala.
→Uma narração é caracterizada por movimento. Não existe narrativa parada.
“equilíbrio × conflito”
Não há equilíbrio na narração. O equilíbrio situa-se no relato. Usam-se verbos no Pretérito Imperfeito do Indicativo; o conflito está na narração.
→A descrição “quebra” a narrativa. Sustenta o que esta sendo narrado: a) conflito; b) intensificação do conflito; c) resolução; d) desfecho.
→A descrição é resultado de um senso comum – mundo interior e exterior.
→A descrição aparece em pontos convenientes. Não é lógico, mas intencional – movimenta-se de acordo com o texto, sempre em situações típicas.
→Quando se lida com a descrição, deve-se levar em conta a previsibilidade e imprevisibilidade – não se adentrar ao que é óbvio.
→Para reduzir a imprevisibilidade usam-se recursos como, por exemplo, figuras de linguagem. Ex: ironia / metáforas etc.
∟para deixar mais homogêneo o texto.
Níveis de descrição:
a) conhecido – conhecido;
b) conhecido – desconhecido (ex: descrição do amor – Camões);
c) desconhecido – conhecido (ex: mitos).
→A descrição não atinge altos graus de complexidade. A sua capacidade é medida através de usos lexicais do autor.
→Pode ocorrer descrição sem interferência do personagem.
→Cada escola literária aborda a descrição ao seu modo. Ex: Barroco – descrição antagônica; Arcadismo – descrição mais clara; Realismo – descrição a partir da realidade interior.
∟quem trabalha melhor a descrição é o Realismo e o Naturalismo. Ex: “O cortiço” – descrição do trecho em que Bertoleza é presa e acaba tirando a própria vida.
O autor usa uma narração repleta de descrição – compara o