A desafricanização da Umbanda
O vocábulo é oriundo da língua quimbundo, de Angola, e significa arte de curar, segundo a Gramática de Kimbundo, do Professor José L. Quintão, citada na obra O que é a Umbanda, de Armando Cavalcanti Bandeira, editora Eco, 19703 . Já os autores de vertente esotérica fazem alusão ao sânscrito a partir da junção dos termos Aum e Bandha, o elo de ligação entre os planos divino e terreno. A palavra mântrica Aumbandhan teria sido passada de boca a ouvido e chegado até nós como A Umbanda.
A desafricanização da Umbanda
A cosmologia da Umbanda é dividida em três níveis: o mundo astral, a terra, e o mundo inferior ou submundo. O mundo astral é presidido por Deus, e é seguido por várias linhas. Cada uma é guiada por um orixá, que freqüentemente corresponde a um santo católico. O mundo astral é um lar hierárquico, onde cada figura religiosa é colocada segundo o seu nível de evolução espiritual. Nos níveis mais baixos, estão os fundadores espirituais da Umbanda: os caboclos e pretos-velhos. A Terra constitui a plataforma para espíritos que experienciam sua encarnação humana em diferentes níveis de evolução espiritual. Ela é visitada por espíritos do mundo astral, que são incorporados pelos médiuns nos centros de Umbanda para ajudar os mais necessitados. O submundo, freqüentemente denominado Quimbanda, foi anos ligado à magia negra. Representava uma anti-estrutura da Umbanda. De acordo com essa visão seria habitado por espíritos que viveram sua encarnação com caráter extremamente duvidoso, tais quais, prostitutas, malandros e ladrões. Eram vistos como maus por conta da falta de evolução espiritual. Tais espíritos podiam subir à Terra para causar danos que tinham de ser desfeitos pelos espíritos mais evoluídos do astral.
O exu foi elevado à