A depressão como transtorno orgânico devido à uma condição médica geral (les)
Recentemente, a Genética do Comportamento tem se dedicado mais aos transtornos de humor, por vários e bons motivos. Um deles é o prejuízo biopsicossocial que tais transtornos costumam causar. O capítulo escolhido para nos orientar (11)[1] apresenta uma visão geral da pesquisa genética sobre os transtornos de humor e também sobre outras patologias adultas, mas como já mencionado, o grupo decidiu-se por pesquisar especificamente a depressão relacionada com a manifestação lúpica, por acreditar que essa condição é bem nefasta e pouco investigada.
A alteração de personalidade é adquirida, usualmente, durante a vida adulta, seguindo-se ao estresse grave ou prolongado, privação ambiental extrema, transtorno psiquiátrico sério ou doença ou lesão cerebral. A classificação internacional dos transtornos mentais e de comportamento (CID – 10) atualmente codifica como transtorno orgânico de personalidade o quadro clínico em que há uma alteração de personalidade em decorrência de uma condição clínica médica geral. Esse transtorno caracteriza-se pela acentuada mudança no estilo e nos traços de personalidade, a partir de um nível anterior de funcionamento. O paciente deve apresentar evidências de um fator orgânico causal precedendo o início da alteração da personalidade. (Ayache et al. p. 314)
Entender a depressão no paciente lúpico nos leva a questionar se ela ocorre devido ao estresse psicológico imposto pela condição, se ela se dá pela atividade da doença no SNC, ou ainda, pelo uso de medicamentos, como os glicocorticóides. O trabalho pretende refletir sobre essas questões.
Para tanto, além do referido capítulo (11) “Outras