A dengue pode acabar
No Brasil, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais descobriram um jeito novo de combater o mosquito da dengue.
Os testes em laboratório comprovaram a eficácia. O óxido de ferro em contato com a água e com a luz do sol provoca uma reação química que impede o ovo do mosquito da dengue de eclodir e mata as larvas. Os pesquisadores usaram o óxido de ferro em bloquinhos especiais de concreto, como estes, que são mais leves que a água.
“Ele, estando na superfície da água que ele boia, ele tem maior contato com a luz solar e isso produz, então, algo que seja nocivo à larva”, explica Jadson Cláudio Belchior, professor do departamento de química da UFMG.
O efeito dura, em média, três meses. Uma grande vantagem sobre outros métodos de combate ao mosquito Aedes aegypti é que usado assim o óxido de ferro, que não agride o meio ambiente. E o mais importante: não faz mal ao ser humano. A água que entra em contato com o produto depois pode ser consumida normalmente pelas pessoas.
“Posso pegar o material e colocar na boca. Não tem problema nenhum. Posso usar esse que está sendo usado numa água, claro que se água for limpa, posso, após o uso beber a água que não é tóxico, não gera nenhum tipo de resíduo orgânico, tóxico para as pessoas”, afirma Luiz Carlos Alves de Oliveira, químico da UFMG.
O óxido de ferro também funcionou quando usado num tecido, que pode ser colocado em calhas e em pratinhos de plantas. É onde o mosquito costuma se reproduzir, em água parada.
Com as chuvas, o cuidado deve ser ainda maior. Além da dengue, o Aedes aegypti é transmissor da febre chikungunya, que também pode matar. A prevenção depende de todos. Dona Conceição faz a parte dela.
“Não ter água parada, não ter pneu, não ter lata. Muita coisa depende da gente. Ou tudo. A higiene, cuidado. Eu penso assim”, comenta a artesã.
Esse produto não está à venda no mercado porque ainda não foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância