A Demanda de Moeda na Vers o Keynesiana

A Demanda de Moeda na Versão Keynesiana,

2.2.2 A DEMANDA DE MOEDA NA VERSÃO KEYNESIANA
A partir dos três motivos que levam à retenção de ativos monetários, Keynes constituiu uma funçào de demanda de moeda constituída de dois componentes distintos. O primeiro, englobando os motivos transação e precaução, varia grosso modo proporcionalmente à renda monetária.2 O segundo, derivado do motivo-es- peculaçào, varia inversamente com a taxa de juros.
O desdobramento desses dois componentes da demanda de moeda leva à seguinte expressão:

L = Lt(Y) + Ls(i) onde L indica a demanda total de moeda p ira atender às três finalidades básicas que levam os agentes econômicos a reter ativos monetários; Z, indica a demanda para fins transacionais e precaucionais, a qi al, como já assinalamos, é função da renda monetária y; Ls indica a demanda pari especulação, admitida como função da taxa de juros u
Para melhor ordenamento da análise dt ssa função, vamos focalizar separadamente cada um de seus dois componentes. I lidaremos pela demanda para transações

Demanda de Moeda para Transaçõe >. Este componente foi exaustivamente examinado na versão clássica. Não houvesse o componente especulativo, a versão keynesiana estaria bastante próxima da i lássica, dada a similaridade do entendimento das duas versões quanto à retenção de ativos monetários para fins transacionais. Em ambas, essa demanda, em nível agregado, expande-se em proporção ao montante da renda monetária da economia. A Figura 2.4, que reproduz a demanda agregada para transações na versão keynesiana, Lh revela a proximidade das duas versões. Como ali se observa, os deslocamentos dessa demanda só ocor

2. Para simplificar a análise, vamos admitir os preço: como constantes. Neste caso, os conceitos de renda real e de renda nominal se tornam iguais.
7 0 ECONOMIA MONETÁRIA rem à medida que se observarem deslocamentos no montante do rendimento agregado.

keynesiana. Em (a), evidencia-se que esta demanda varia em função da renda