a decada !780
O historiador Eric Hobsbawm começa o livro "A Era das Revoluções", tratando de como era o mundo na década de 1780 Ele começa o texto com uma afirmação:
"A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso."
O mundo em 1780 era menor geograficamente que o de hoje, conhecia-se pedaços do mundo habitado. Um exemplo é o curso dos rios era um mistério para todos a não ser para andarilhos, comerciantes e caçadores. O mapa do mundo baseava-se de espaços brancos cruzados demarcados por negociantes e exploradores. Hobsbawm também afirma que a terra abrigava somente uma fração da população de hoje, não muito mais que 1/3, sendo que as pessoas viviam principalmente no litoral. E se tratando da população ela era menor ainda em outro aspecto, os Europeus eram mais baixos e mais leves que a população de hoje, tinham menos de 1,50 metros de altura. No entanto eles não eram nem um pouco frágeis baseando-se nos soldados da Revolução Francesa, os guerrilheiros eram capazes de um sofrimento físico igualado por poucos hoje em dia. Em compensação o mundo era maior se considerarmos as dificuldades enfrentadas na época.
"...para a grande maioria dos habitantes do mundo as cartas eram inúteis, já que não sabiam ler, e o ato de viajar - exceto talvez o de ir e vir dos mercados - era absolutamente fora do comum ... A noticia da queda da Bastilha chegou a Madri em 13 dias; mas em Péronne, distante apenas 133 quilómetros da capital francesa, "as novas de Paris" só chegaram no final do mês."
A maior parte dos transportes eram feito pela água (doce ou salgada) pois era bem mais fácil e rápido viajar de navio/barco que de cavalo e carroça, um exemplo é que era mais fácil viajar de Sevilha a Veracruz que Valladolid. Hobsbawm cita em seu texto das dificuldades que existiam com o envio de cartas mesmo algumas décadas depois de 1780, um exemplo é que em 1830 o