A cura de outrora i
Autora: Mª Nelcimá de Morais Santos
Maio de 2008
Revisão e editoração eletrônica: Francisco Diniz
I
Antigamente meu povo
Na natureza se achava
Remédio pra todo mal
No mato se procurava
A nossa avó com cuidado
Com as raízes curava.
II
Eram raízes e folhas
Cascas e flores também
E tudo era preparado
Pronto pra fazer o bem
Tomado com muita fé
Era só dizer Amém.
III
Hortelã folha miúda
Na AFTA podia usar
Ou a alfazema braba
Você não vai duvidar
Os dois em forma de chá
Pra bochechar e tomar.
IV
Na folha da pitangueira,
Também na forma de chá
Um remeidão pra AMEBA
Você pode acreditar
E também coroa de frade
Fazia ameba acabar.
V
Tinha chá de vassourinha
Pra sua BRONQUITE curar
Ipepaconha, agrião
Outros se podiam usar:
Mastruz com leite ou angico
Eucalipto e mangará.
VI
Pra curar AMIGDALITE
Era chá de aroeira
Também cajueiro roxo
Nada disso era asneira
O que pra muitos era cura
Hoje pra uns é besteira.
VII
CATARATA, eu alcancei,
Cenoura crua ralavam
Com o suco de limão
As pessoas colocavam
Nos olhos com muita fé
Dizendo que melhoravam.
VIII
COLESTEROL, muita gente
Oliveira roxa usava,
O chá da folha diziam
Com certeza se tomava
E suco de tamarindo
Que no terreiro encontrava.
XIX
Pra CALMANTE era mais fácil,
Muita coisa se ensinou
Tinha suco e também chá
Do maracujá se provou
Com folha da laranjeira
Muita gente se acalmou.
X
Pra história do CALO SECO
Você não vá se espantar
Água morna era boa
Com cebola pra esfregar,
Cebola branca e cenoura
Na água pra mergulhar.
XI
Uma coisa interessante
Boa pra CÁLCULO RENAL:
Chá do rabo de raposa
Que era uma planta banal
E raiz da quebra pedra
Diziam também ser legal.
XII
Para CÓLICAS NO FÍGADO: