A cultura surda
Na Antiguidade, os surdos não eram considerados seres humanos competentes. As crianças surdas não tinham o direito de viver. Com a chegada da Idade Moderna, o Monge beneditino Pedro Ponce de Léon, começou a ensinar o surdo a falar, para que assim pudessem ter seus direitos legais reconhecidos.
Em 1620, o filósofo Juan Pablo de Bonet escreveu o primeiro livro de Libras, através dos ensinamentos recebidos por Pedro Ponce. Abade L´Epée, fundou a escola de surdos na França, ensinava a escrita dos Franceses, através dos sinais que os surdos realizavam, produziu a sintaxe do francês, para que os surdos pudessem escrever.
Por volta do ano de 1754, Samuel Heinicke, acreditava que os surdos deveriam ser oralizados, adotando assim, métodos de ensino estritamente orais, inaugurou em Leipzig, a primeira instituição para surdo, no ano de 1778. Já Ferdinand Berthier, surdo congênito, foi aluno do Instituto para surdos de Paris, mais tarde tornou-se professor e defendeu a língua de sinais. No ano de 1816, foi trabalhar nos Estados Unidos, levando a metodologia que aprendeu na França. Berthier mostra que tudo pode ser dito através da língua de sinais, todas as ideias e sentimentos que provocam o coração.
A partir da Idade Contemporânea, a surdez é tida como uma deficiência. Jean Marc Itard, médico e cirurgião, realizou procedimentos a fim de erradicar a surdez, pois acreditava que através da audição, a criança poderia desenvolver a fala.
Edward Miner Gallaudet, defendia que se o surdo não conseguisse desenvolver a língua oral, deveria aprender a língua de sinais. Criou nos Estados Unidos, uma escola para surdos, até a faculdade, usando a língua de sinais.
No ano de 1880, através do Congresso de Milão, tiveram a decisão de proibir a língua de sinais. A oralização torna-se obrigatória, as mãos dos surdos eram amarradas. Com