A cultura mundo
A escola deteriorada: Pode parecer elementar dizer que , para instruir – se sobre o mundo, tudo passa pela educação, de 10% a 15% dos alunos do sexto ano não conseguiram ler um texto, tiveram muitas dificuldades. Essas questões se levantam de maneira ainda mais aguda quando se observa que, paralelamente a esse imenso fracasso, a autoridade do mestre , respeitado social e profissionalmente, dissipou-se ao extremo, deixando os professores, cuja a função social se desvalorizou e já não goza de um grande reconhecimento, diante de problemas insuperáveis de desrespeito, desatenção, disciplina e mesmo violência .
O capitalismo de consumo não apenas elevou o nível da população e permitiu a difusão do bem – estar e dos lazeres como também propagou uma nova cultura, exaltando a vida no presente, a satisfação dos desejos, a realização pessoal do indivíduo. Não se pode duvidar muito de que o escândalo do iletrismo e, de forma mais ampla, a deterioração da escola estejam relacionados. O fenômeno revela as contradições de uma cultura que, ao sacralizar a realização imediata dos desejos, esquece ou nega os imperativos antropológicos do processo educativo. Os ideais educativos liberalizadores de 68 falharam: a falência do famoso “É proibido proibir” mostra, aos que podiam duvidar disso, que é necessário que a criança seja enquadrada, guiada, e aprenda , se ela quiser um dia saber e dirigir ela própria seu pensamento.
A cultura consumista – hiperindividualista não é a encarnação absoluta do horror cultural. Simplesmente , ela sofre de um gigantesco desenvolvimento , de um triunfo que não garante suficientes contra – ataques a seu reinado. Assim , a era consumista não impede de modo algum o desenvolvimento das elites. É quando desaparece o contrapoder familiar que a ordem consumista e a escola que a acompanha fracassam. A nova era cultural não é absolutamente igualitária: faz bem a alguns, cuja a orientação