A cultura feminina brasileira
Publicado por Kléber Di Lázzare dia November 4, 2010 em Cultura |
Inscreva-se
No atual momento em que vivemos, está em alta falar da mulher brasileira e eu não vou fugir à regra nesse inicio de conversa, aviso aos amigos leitores que eu ‘Parei para olhar e vi’ todas elas.
“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”… Vale muito a pena parar para olhar e ver: seja a menina de Ipanema a caminho do mar, seja a lavadeira do Jequitinhonha com a sua trouxa de roupas na cabeça; e todas as outras cuja força move as minhas pupilas: Mulher brasileira abolicionista, republicana, feminista. Mulher trabalhadora, professora, esquecida. Mulher guardiã da morada e da família; mulher chefe, mulher subalterna e submissa; mulher contestadora, anarquista, mulher artista. Mulher meiga, amante e amiga. Mulher brasileira além do samba e da avenida!
É inegável que há a prevalência de uma cultura feminina brasileira baseada na submissão do feminino ao masculino. A mulher prendada e ‘cuidadora’ dos afazeres domésticos, submetida ao poder do homem provedor do sustento material da família. A cultura feminina brasileira é constituída por várias culturas majoritárias: a cultura da tolerância, a cultura do cuidar e da liberdade, a cultura da casa limpa e protegida, a cultura da segurança e da educação dos filhos. A cultura do trabalho antes e depois do trabalho. Essa mesma base cultural de formação para subserviência é também despertadora de historias de lutas e de conquistas.
E agora que o Brasil tem uma mulher Presidenta? E agora Marias? E agora Josés? A festa acabou?
Não, festa não se acaba assim. Talvez ensaiemos novos passos, novos ritmos e caminhemos para um novo concerto, onde a cultura feminina brasileira toque notas de emancipação. E a nossa Presidenta conduza a nação com base nos princípios das culturas majoritárias aprendidas da cultura feminina brasileira e promova justiça social e melhores condições de vida para todos, inclusive para elas.