A cultura da convergência
A entrevista relatada pelo nosso grupo tem como origem um livro, escrito pelo entrevistado Henry Jenkins. O livro do professor Jenkins ajuda o leitor a entender a chamada cultura de convergência.
A cultura de convergência é para pessoas que vivem em qualquer país em que haja indivíduos e organizações que vejam, leiam ou utilizem livros, TV, computadores, celulares, internet, revistas ou qualquer outra interface para se comunicarem, se divertirem, educar, vender produtos e idéias. A convergência não ocorre por meio de aparelhos, por mais sofisticados que venham a ser, ocorre dentro dos cérebros dos consumidores individuais e em suas interações sociais com outros. Cada um de nós constrói a própria mitologia pessoal, a partir de pedaços e fragmentos de informações extraídos do fluxo midiático e transformados em recursos através dos quais compreendemos nossa vida cotidiana.
Quando falamos em cultura de convergência, precisamos ressaltar três teses relacionadas a esse tema: a atual convergência midiática, o exercício da inteligência coletiva e a possibilidade da cultura participativa. A atual convergência midiática é um processo cultural, e não tecnológico; a narrativa transmidiatica, ou seja, a interação coletiva, como referencia para a atualidade para transmissão de conhecimentos; e a economia afetiva para entendimento dos consumidores e produtores.
Toda história contada a alguém tem um fluxo constantemente moldado tanto por decisões tomadas pelas companhias que produziram o conteúdo quanto pelos indivíduos que o recebem. Quando um conteúdo é lançado, consequentemente ele vai ser reeditado e redistribuído pela internet, as pessoas vão comentar em fóruns de fãs, vão escrever próprias historias em cima da trama. Mas isso é um bom sinal, pois sem esse processo de participação do público, ela pararia de ser difundida e morreria. A cultura da convergência na publicidade e no marketing digital é isso: utilizar de antigas e novas mídias, e da