A crise na zona do euro - uma visão geral
Origem
Mesmo antes de entrar na Zona do Euro, a Grécia já gastava mais do que arrecadava e enfrentava problemas de inflação, além da dívida elevada. O endividamento remonta inclusive aos gastos com a Olimpíada de 2004. Quando o país entrou na Zona do Euro, os problemas se ampliaram. No final de 2011, o então presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que a Grécia não estava preparada para entrar no euro e que a entrada do país foi um erro. Mais tarde ficou provado que a Grécia maquiou dados de sua dívida pública para garantir sua entrada no Euro. A entrada da Grécia na Zona do Euro gerou um boom de otimismo e queda nos juros, dificultando para o investidor a diferenciação das dívidas grega e alemã, por exemplo. O governo grego aproveitou para se financiar e não fez ajuste fiscal. Em 2011, o endividamento chegou a 165,3% do PIB.
• Crise de 2008
A crise do subprime, em 2008, levou muitos investidores a ficarem relutantes em emprestar dinheiro ao país, que já tinha uma dívida alta. A economia passou a crescer menos, houve queda na arrecadação de impostos e o governo grego precisou aumentar os gastos sociais. Uma dívida que já era muito alta tornou-se impagável A crise deixou claro para o mercado que a Grécia não tinha condições de pagar sua própria dívida. Virou um esquema em que o dinheiro dos novos investidores é usado para pagar o rendimento dos antigos. Começou, então, a rodada de empréstimos.
• Tempos de austeridade
A Troika (formada pelo FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) impôs medidas de austeridade ao país em troca dos empréstimos. A Troika já liberou dois pacotes de resgate ao país, nos valores de 110 bilhões de euros e de 130 bilhões de euros, em maio de 2011 e março de 2012, respectivamente. No final de 2011, a Zona do Euro negociou com os bancos para eles perderem parte do rendimento de seus títulos gregos. Havia a ideia de que se parte do valor de remuneração dos títulos fosse cortada, a dívida poderia ser