a crise na educação
Faculdades de Pedagogia entregam ao mercado de trabalho docentes incapazes de assumir uma sala de aula. Por quê? Porque muitos desses professores trazem limitações oriundas de uma educação básica falha. Cometem erros crassos de ortografia, têm dificuldade na compreensão de textos e total desconhecimento de conceitos científicos imprescindíveis. Saem do curso de Pedagogia sem se livrar dessas dificuldades.
A mentalidade que reina no mundo acadêmico supervaloriza a teoria e menospreza a prática. O trabalho concreto em sala de aula é colocado no segundo plano.
Briga-se para pagar o piso de 400 dólares mensais aos professores de ensino fundamental, por 40 horas semanais, quando o Japão paga 2.000 dólares aos seus mestres. Cinco vezes mais!
Veja-se o sistema de cotas. A reserva de 50% de vagas, nas universidades federais, para alunos egressos das escolas públicas onde tenham estudado todo o ensino médio, apresenta preferências étnicas que são rigorosamente inconstitucionais. Vagas serão preenchidas por descendentes de negros, pardos, indígenas, na proporção da população de cada Estado. Cotas raciais não têm amparo legal e, na verdade, camuflam a leniência oficial em relação à qualidade do ensino público, este sim a merecer toda espécie inadiável de apoio. E tem mais: é uma agressão à autonomia universitária. Haverá ainda a reserva de metade das vagas para os estudantes de famílias com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita.
Se a Carta Magna proíbe a discriminação por motivo de raça, não é defensável o argumento de que se deve impor o movimento contrário.
Vivemos um tempo