A crise europeia

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Há um ditado chinês que diz “perca uma filha, mas não perca a credibilidade”. No contexto capitalista, credibilidade é, nada mais, que crédito. O ano passado, de 2011, foi duro. Do ponto de vista econômico mundial, foi marcado pela catastrófica crise da União Europeia. E, mais que apenas monetária, também foi um bocado prejudicial no que diz respeito a credibilidade, logo, o crédito ficou comprometido. E quando se perde o crédito, tudo está perdido.
A globalização econômica, que muitas das vezes é nossa aliada, desta vez serviu como um canal aberto para disseminar esta crise como uma praga para as grandes economias que, outrora, eram consideradas sólidas. Agora, os quatro cantos do mundo sentiram o gosto da crise. Para a maioria, foi amargo, derrubando índices de bolsas de valores respeitadas e criando um clima pessimista quando o assunto é colocar a mão no bolso.
O vilão, como sempre, não foi o dinheiro. Mas a falta dele. Aos poucos, Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda se afundaram em dívidas públicas e, numa bela manhã, não puderam mais honrá-las. Boa parte da culpa também foi da União Europeia que não conseguiu manter o pulso para resolver a situação delicada dos países do bloco.
A crise chegou pela aportou pelo Oceano Atlântico e os investidores fugiram pela Ásia. E levaram com eles todo o seu precioso dinheirinho. Sem dinheiro, os bancos fecharam as pernas e começaram a racionar o crédito. As conseqüências? Obviamente o povo ficou sem poder de compra. A economia estagnou e os cortes do setor privado foram inevitáveis. O desemprego aumentou de uma forma alarmante.
A verdade é que a Europa até agora não sabe de onde veio o soco. Mas não foi por burrice. Apenas soberba. E bota soberba nisso. A Grécia se manteve por quase 2 anos com déficit de 98%, e arredondados para o vexame não ser pior.
E se há algo que nós, brasileiros, entendemos bem é que quando a barriga ronca, a garganta grita. O descontentamento se alastrou, o povo foi à rua, meteu a boca

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