Resumo seminário - óbvio e o obtuso
A retórica da imagem.
(As três mensagens)
Roland Barthes parte de uma antiga etimologia, para nos dizer que a palavra imagem deveria estar ligada à raiz de imitari. A partir daí, Barthes chega ao cerne do problema mais importante que se possa apresentar à semiologia das imagens. Segundo o autor: a representação analógica (a “cópia”) poderá produzir verdadeiros sistemas de signos, e não mais apenas aglutinações de símbolos? A partir dessa questão, Barthes se apropria de uma imagem publicitária Panzani para estudá-la e afirma que em publicidade, a significação da imagem é intencional, pois que se a imagem contém signos, em publicidade, esses signos são plenos. Segundo o autor, a imagem publicitária Panzani contém três mensagens, tais como: uma mensagem lingüística, uma mensagem icônica codificada e uma mensagem icônica não codificada. Ao explorar a imagem publicitária em sua generalidade, Barthes busca compreender a estrutura da imagem em seu conjunto, isto é, a relação final das três mensagens entre si.
A mensagem lingüística
Tendo como referência as comunicações de massa dos nossos tempos atuais, Barthes menciona que a mensagem lingüística está presente em todas as imagens. Segundo o autor, continuamos a ser mais do que nunca, uma civilização da escrita, porque a escrita e a palavra são termos carregados de estrutura informacional. Haja visto que em todas as sociedades são desenvolvidas técnicas diversas, destinadas a fixar a cadeia flutuante dos significados para combater o terror dos signos incertos: a mensagem lingüística é uma dessas técnicas.
Ao se referir ao nível da mensagem literal, Barthes diz que a palavra responde, de maneira mais ou menos direta, à pergunta: o que é? Segundo o autor, trata-se de uma descrição denotada da imagem. Ao nível da mensagem “simbólica”, Barthes