a crise do estado novo
Desde a chamada Revolução de 1930, o gaúcho Getúlio Vargas ocupava o posto de presidente do Brasil. Após tomar o poder, já que não foi eleito para o cargo em 1929, Getúlio conseguiu organizar uma estratégia para permanecer no poder na eleição que deveria ocorrer em 1934. A próxima eleição para Presidente da República já estava marcada para ocorrer em janeiro de 1938, mas o gaúcho divulgou um projeto que teria sido supostamente elaborado pelos comunistas para assumirem o poder no Brasil, o chamado Plano Cohen. Como o comunismo já havia ganhado uma representação negativa na sociedade brasileira e isso colocaria em risco a ordem nacional, Getúlio Vargas se aproveitou do documento para decretar no Brasil o Estado de Sítio. Mas, em novembro de 1937, o gaúcho assumiria poderes totais, fechando o Congresso Nacional e cancelando as eleições que ocorreriam no ano seguinte. Era o início de um período na história brasileira conhecido como Estado Novo.
O Golpe de 1937 serviu para Getúlio Vargas pudesse se manter no poder, mas, desta vez, com poderes totais. Iniciou-se uma ditadura no país, na qual foi implantada a repressão e uma forte propaganda favorável ao governo. Os comunistas foram perseguidos e aprisionados. O Estado Novo tornou o presidente em um ditador, estabeleceu uma nova Constituição para o Brasil e garantiu que Getúlio Vargas governasse sem limites de mandato. Porém, mais tarde, descobriu-se que o Plano Cohen era um documento falso apresentado pelo capitão Olímpio Mourão Filho, o mesmo que seria o iniciador do Golpe Militar de 1964.
O Estado Novo era um regime autoritário e, por isso, alinhava-se com outros regimes autoritários no mundo. Naquele momento, Alemanha e Itália eram os dois países que mais representavam o autoritarismo na Europa. Os dois países estabeleceram regimes rígidos baseados em Adolf Hitler e Benito