A crise de 1929 e seus impactos e economicos e políticos no Brasil
A TEORIA LIBERALISTA, CONCEITOS E AUTORES PERTINENTES.
Neste capítulo serão abordadas as definições dos principais conceitos que terão maior destaque e/ou que serão mais utilizados neste trabalho, a fim de proporcionar um melhor entendimento.
1.1 Teoria Liberalista e Liberalismo Econômico
De acordo com Amado Cervo, o pensamento liberal firmou-se na Europa e na América do Norte a partir do século XVIII, pensamento este que os dirigentes brasileiros adotaram no século XIX, tendo maior influência a partir da independência, que ocorreu em 1822.1
O liberalismo foi marcado pela diversidade de idéias as quais foram sendo evoluídas com a própria sociedade. (AZEVEDO, 1999: 50). Porém, prevaleceram durante a segunda metade do século XIX e Primeira República (1889-1930) nas idéias dos grupos que detinham o poder econômico e político naquela época.2
Segundo o Dicionário de Economia (1999: 347),
O liberalismo defendia a mais ampla liberdade individual; a democracia representativa com separação e independência entre três poderes (executivo legislativo e judiciário); o direito inalienável à propriedade; a livre iniciativa e a concorrência como princípios básicos capazes de harmonizar os interesses individuais e coletivos e gerar o progresso social.
Na concepção de Bobbio (1992: 67) o liberalismo é a defesa do Estado mínimo, ou seja, a idéia de que o Estado deve intervir o mínimo possível na economia, tendo assim, poderes e funções limitadas.
Pontes e Messari (2005: 60-61) apresentam o Estado como sendo necessário para proteger os indivíduos contra ameaças externas, tais como: invasões, agressões imperialistas, etc. e contra grupos e indivíduos que não respeitem o império da lei. Além disso, definiram o liberalismo como um dos paradigmas dominantes das Relações Internacionais.
O liberalismo justificou e legitimou a abertura dos mercados, o padrão-ouro e a busca pelo lucro. A Inglaterra foi a primeira nação a se industrializar, por isso, era a