A Crise 1929 E A Revolu O De 1930
No início do século XX, a economia mundial começou a sentir mais veementemente a presença dos Estados Unidos. Fato que pode ser explicado pelos impressionantes avanços tecnológicos, uma vez que o país foi um dos alicerces da Segunda Revolução Industrial, chegando a representar, no ano de 1928, 45% da produção industrial no mundo. Outro fato de relevante importância nesse processo que içou os EUA ao topo do mundo, como superpotência mundial, foi a Primeira Guerra Mundial, que teve por palco de guerra a Europa. Nesse sentido é obvio inferir que, sobretudo no período pós-guerra (nesse caso podemos falar em "entre guerras", uma vez que em 1939 houve a deflagração da Segunda Guerra Mundial), os países europeus estavam passado por um período de reconstrução em todos os sentidos. Assim a economia dos Estados Unidos se tornou a mais importante do mundo. Esse cenário, todavia, começa a mudar na década de 1920, quando as nações europeias, já contando com "alguma reconstrução", passam a depender menos das exportações estadunidenses, de todo tipo, para os seus países.
Na década de 1920, o mundo conheceria a expressão "American Way of Life" (Modo de vida americano): os Estados Unidos da América estavam embriagados pelo elixir da prosperidade. De maior devedor do planeta, antes da guerra, agora os EUA eram o maior credor. A família média estadunidense vivia melhor, comia melhor, vestia-se melhor e usufruía mais da sociedade de consumo do que qualquer outra família média no mundo. Eufóricos, os estadunidenses, consumiam freneticamente.
Tal entusiasmo contagiou a Bolsa de Valores, fazendo as ações das empresas estadunidenses crescerem em um ritmo alucinante. O valor das ações subia cada vez mais rápido. No início de 1928, o valor de uma ação da Radio Corporation of America (RCA) custava 85 dólares; em setembro de 1929, seu valor havia subido para 505 dólares. Muitos acreditavam ter encontrado a receita para ganhar dinheiro sem