A criação do mundo
Autor: Otávio de Lima
Professor de estudos bíblicos com graduação em
Artes Visuais, bacharelado em Artes Plásticas pela
UFMS.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, como protagonista da minha obra evangelizadora;
Ao Sávio Laet, que gentilmente cedeu seu site para divulgação deste artigo, abrindo espaço no Filosofante para os estudos exegéticos, linguísticos e hermenêuticos de natureza predominantemente bíblica;
Ao Hélder Henrique, que colaborou com suas dúvidas referentes ao tema que intitula este artigo. Sem vocês, esta obra não seria possível.
1
RESUMO
Este artigo tem como objetivo esclarecer questões de gênero literário, exegese, história e hermenêutica que tangem os escritos bíblicos de Gn 1—2,4ª, abordados sob a ótica dos documentos magisteriais da Igreja Católica, dos métodos histórico-crítico, análise literária e abordagem dos quatro lados, que muito têm contribuído para uma depreensão satisfatória das narrativas inerentes ao
Pentateuco e, mais especificamente — no caso deste artigo —, da gênese cosmogônica bíblica. Não tem a intenção de ser exaustivo, apesar de adentrar nas minúcias metódicas que constituem uma explanação desta estirpe.
2
CRIAÇÃO DO MUNDO: FIGURADA OU LITERAL?
“Esta questão gera muita polêmica mesmo entre os cristãos. A versão literal foi defendida pela Igreja Católica durante muito tempo. A Igreja só cedeu quando ficou impossível manter uma opinião frente a inúmeras evidências contrárias. Mas mesmo assim, ainda hoje existem cristãos, inclusive católicos, se não me engano, que defendem uma interpretação literal da gênese bíblica, ou seja, que o universo foi criado em seis dias. Então, aproveito a oportunidade para lhe fazer esta pergunta: a versão bíblica da gênese deve ser interpretada literalmente? Sim? Não? Por quê?”
(Hélder Henrique)
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Antes de adentrarmos nos pormenores concernentes às respostas, quero fazer uma breve ressalva do