A CRIAÇÃO DA REALIDADE SOCIAL. AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO CULTURAS.
Rio Paranaíba – MG Novembro 2011
AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO CULTURAS.
MORGAN, Gareth. Imagens da organização: São Paulo: Atlas, 1996. p. 115-144.
No capítulo a ser discutido, a autora dá ênfase na relação entre cultura e organização. Essa relação surge a partir dos anos 70 quando o Japão aparece como líder do poder industrial, estabelecendo uma sólida reputação de qualidade e confiabilidade. A cultura e a forma de vida dos japoneses tiveram papel central nessa transformação, concluindo então, que as sociedades organizacionais estão ligadas a contextos culturais nas quais evoluem.
Uma organização para ser vista como fenômeno cultural, deve-se considerar que as grandes organizações influenciam a maior parte do nosso dia-a-dia, o que pode ser visto quando as pessoas organizam sua vida pessoal de acordo com os deveres da vida profissional. A organização depende muito do contexto cultural a qual está inserida, podendo assim dizer que a cultura caracteriza o caráter da organização. Por exemplo, o contexto japonês foca mais no coletivismo, interdependência, ajuda mútua, preocupações compartilhadas, organização é a extensão de sua casa, a hierarquia na corporação é um serviço mutuo do que um controle de cima pra baixo e existem fortes ligações entre o bem estar do indivíduo, a empresa e a nação, características culturais do campo de arroz e do espírito servil do samurai. Diferentemente do conceito japonês, o contexto americano, o que prevalece é a ética do individualismo competitivo, os empregados se preocupam somente em ser os vencedores, necessitam de recompensas e punem comportamentos bem ou mal sucedidos. O contexto inglês existe um antagonismo de crenças entre a elite e os operários, onde os trabalhadores vêem as regras como tendo a obrigação de obedecer.
Assim como na sociedade, que mesmo pertencendo à mesma cultura os indivíduos tem suas próprias