A criação da juventude
A obra é um extenso e minucioso estudo dos fatores políticos, econômicos, sociais e culturais que moldaram a juventude até ela conquistar o status que mantém dos anos 1950 até hoje. Savage aborda os reflexos da Revolução Industrial, das duas grandes guerras e da Grande Depressão sobre os jovens dos EUA, França, Alemanha e Grã-Bretanha, que começaram a se fazer ouvir no século XIX, através da arte, da mudança de comportamento e da quebra de paradigmas.
Savage enumera e analisa várias obras literárias anteriores a 1905 que já traziam muito da visão que se tem hoje da juventude. Avalia também como o rápido crescimento urbano foi um ambiente propício à delinquência juvenil, termo cunhado em 1810, levando à criação de juizados de menores e à alteração das leis. O autor também fala do nascimento das gangues; dos primeiros produtos desenvolvidos especialmente para os adolescentes; dos pioneiros fenômenos jovens de mídia; da fundação de instituições como a Associação Cristã de Moços e de grupos como o dos escoteiros; de como o cinema, desde o começo, estabeleceu padrões de comportamento e beleza para os jovens; do ragtime como o primeiro estilo musical a virar a cabeça desse novo público e de como as duas guerras mundiais mudaram para sempre seu comportamento.
Um dos méritos do livro é ressaltar aspectos menos explorados da explosão da juventude ao longo do