a corrida para o século XXI
“todo saber é histórico não pelo fato exterior de surgir em certa época, não porque transcorre no curso do tempo, mas porque decorre do fluxo do tempo, do passado existente em cada momento” (PINTO, 1979, p. 520)1
O objetivo da presente resenha é comentar a acerca da obra “A Corrida para o Século XXI – No loop da montanha-russa” de Nicolau Sevcenko (2000), destacando em especial o capítulo III: Meio ambiente, corpos e comunidade(p.59-94), em que o autor objetiva esclarecer a compreensão dos avanços da Tecnologia Moderna e as mudanças ocorridas no Meio ambiente, corpos e comunidades.
O Assalto à Natureza Sevcenko aborda as transformações climáticas ocorridas na Inglaterra durante a primeira fase da industrialização, nas ilhas britânicas, marcadas pelas imensas emissões de gases e poluentes na atmosfera, nos fins do século XVIII. Estas alterações tornara-se tão visíveis fazendo com que a população dividisse as ilhas em duas partes: a Inglaterra cinza (onde havia indústrias) e a Inglaterra verde (onde o processo industrial ainda não havia tomado seu lugar).
Sevcenko afirma que “ A situação se agravou muito mais no final do século XIX com a segunda onda industrial, quando se difundiu a utilização do petróleo, surgiram os veículos com motores de combustão interna, as indústrias químicas e os equipamentos de grande consumo energético nas fundições, nas siderúrgicas e nas usinas termoelétricas.” (p.95)
Ainda segundo o autor, isso seria apenas o início do Assalto à natureza que com o passar dos anos, tomaria imensas proporções com os resíduos industriais sendo despejados na atmosfera, mares oceanos.
A produtividade e o grande salto tecnológico seriam atingidos durante a Segunda Guerra Mundial, com o desenvolvimento desordenado de produtos químicos sintéticos que ainda são utilizados em grande escala na sociedade. A cada ano, novos produtos são inventados. O autor exemplifica utilizando os pesticidas que são lançados há