a cor da ternura
O governo de Cuba procurar dar novo impulso à geração de energia elétrica a partir da biomassa da cana-de-açúcar para auto abastecer a indústria açucareira, altamente consumidora, e aumentar paulatinamente sua contribuição à rede nacional de distribuição. “Cinco toneladas de bagaço equivalem, aproximadamente, a uma tonelada de petróleo. Temos uma mina”, disse à IPS Paulino López, chefe do programa de Desenvolvimento Energético do Ministério do Açúcar.
Por sua vez, Bárbara Hernández, chefe do Departamento de Energia dessa área, acrescentou que a exploração dessa “mina” utiliza atualmente a infra estrutura industrial e agrícola disponível, pois os planos para produzir eletricidade além da satisfação das necessidades do setor requerem investimentos que ainda precisam ser feitos. “No momento, nos contentamos com o que temos”, afirmou. Os engenhos que se mantêm ativos depois da reestruturação feita em 2000 aceitaram e prepararam suas instalações para a geração de energia, tanto para o processo industrial quanto para beneficiar a comunidade.
Os planos de mais longo prazo são dispor de sobre de energia e vender à rede nacional, mas os funcionários preferiram não quantificar o capital necessário para isso. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), o potencial local de produção de eletricidade através do bagaço e resíduos de cana recuperáveis (rac) pode ser utilizado de maneira otimizada mediante a introdução de caldeiras de alta pressão e temperatura, ligadas a turbo-geradores de extração-condensação. Um estudo da Cepal sobre o assunto indica que, com essa tecnologia, seria possível alcançar em 44 centrais selecionadas uma capacidade instalada de aproximadamente dois mil megawatts.
Hernández insistiu em dizer que os planos encaminhados para conseguir maior eficiência energética da indústria açucareira constam, desde 2005, do programa de desenvolvimento traçado para todo o país nessa área,