A convivência humana
CURSOS: BIOMEDICINA E FARMÁCIA – 1ª SÉRIE
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS À SAÚDE
PROFª DRª JANAINA F. F. CINTRÃO
AULA 02 – A CONVIVÊNCIA HUMANA
1. Sociabilidade e Socialização De fato, os seres humanos necessitam de seus semelhantes para sobreviver, comunicar-se , criar símbolos e formas de expressão cultural, perpetuar a espécie e se realizar plenamente como indivíduos. É na vida em grupo que os indivíduos da espécie humana se tornam realmente humanos.
A Sociabilidade, capacidade natural da espécie humana para viver em sociedade, desenvolve-se pelo Processo de Socialização. Por meio da Socialização o indivíduo se integra ao grupo em que nasceu, assimilando o conjunto de hábitos, regras e costumes característicos de seu grupo.
O indivíduo se socializa quando participa da vida em sociedade, assimila suas normas, valores e costumes e passa a se comportar segundo esses valores, normas e costumes. Assim, quanto mais adequada for sua socialização, mais sociável ele tenderá a se tornar.
1.1. Socialização: a criação do ser social
Além de Victor de Aveyron, também foram encontradas na Índia, em 1920, duas crianças de aproximadamente 6 e 10 anos de idade. Até então, elas tinham vivido na selva. Os estudiosos passaram a chamá-las de Kamala e Amala. O que lhes despertou a atenção foram os hábitos das crianças: andavam curvadas para a frente e freqëntemente se apoiavam também nos braços; não falavam, apenas emitiam grunhidos para expresar raiva ou medo; comiam com as mãos; dormiam na relva e mesmo sem roupas não demonstravam sentir muito frio ou calor. Contam os relatos que, não se adaptando ao novo ambiente, acabaram morrendo pouco tempo depois. Esse, conforme sabemos, não foi o único caso de crianças resgatadas da vida selvagem. Por causa de sua origem e da forma como se comportam, a ciência as designa como “meninos-lobo”. O que impressiona nesses casos é o fato de tais crianças, mesmo sendo biologicamente