A Conveção sobre a Diversidade Biológica
Desde que as primeiras porções de matéria se solidificaram em nosso planeta -por isso, talvez, seja designado Terra – a cerca de 4,5 bilhões de anos passados, foi necessário mais um bilhão de anos para que as primeiras formas de vida iniciassem a colonização desse novo ambiente estéril.
Uma das condições básicas para a ocorrência desse processo foi a existência de uma atmosfera, ainda jovem, que começava a se formar pelo acúmulo de gases liberados do magma, e com o aporte de grandes blocos de gases congelados vindo do espaço. Em meio a essas nuvens densas de gases tóxicos, uma molécula em especial se tornaria o elixir da vida. O seu nome era água.
Água e atmosfera permitiram a formação de oceanos onde microrganismos fotossintetizantes trabalham por mais três bilhões de anos, liberando oxigênio, que se acumulava na atmosfera, preparando o ambiente para que fosse possível, enfim, a colonização da vida em terra firme.
Não antes de passado, pelo menos, mais uns 500 milhões de anos, não teríamos notícias da presença de hominídeos caminhando sobre a superfície da Terra. Os primeiros seres humanos, assim como nós, também sentiam fome, frio e necessidade de abrigo. Porém eles não estavam desamparados. A natureza, durante 3,5 bilhões de anos de evolução da vida, havia desenvolvido uma variedade absurda de espécies de animais e plantas dos quais eles poderiam se servir. E assim o fizeram por milhares de anos. Porém, a pouco mais de 150 anos atrás, a civilização humana iniciou a construção de engenhosas máquinas capazes de gerar, produzir e acumular riquezas de forma nunca antes visto na história.
A necessidade de combustível e matéria prima para o abastecimento dessa nova forma de produção promoveu o início do uso abusivo dos recursos naturais. Na esteira da nova sociedade planetária pautada no capital, deu-se a utilização e poluição da água pelas indústrias e residências, o aniquilamento e ocupação de áreas naturais e a geração de novos tipos de