a contribuição do serviço social nos direiro do idoso
História Social da Infância e da Família segundo Philippe Àries
A concepção de infância que conhecemos hoje vem evoluindo e se desenvolvendo desde o século XV; foi no fim desse século que começaram a acontecer as mudanças. Até então, o que denominamos de primeira infância (três ou quatro anos), a criança era acompanhada pelos pais e tinha seus momentos de criança, isoladamente ou brincando e jogando com outras crianças. Logo depois, passam a jogar e brincar com os adultos e com jogos de adultos; até mesmo das festividades esses pequenos participavam até acabar. As famílias não desenvolviam afetividade pelas crianças e não havia a preocupação em cuidar deles com sentimentos fraternos.
Na Idade Média, a infância terminava para a criança ao ser esta desmamada, o que acontecia por volta dos seis a sete anos de idade. A partir dessa idade, ela passava a conviver definitivamente com os adultos. Acompanhava sempre o adulto do mesmo gênero e fazia o mesmo que eles: trabalhava, freqüentava ambientes noturnos, bares etc.
Ainda não havia o conceito de escolas. O que existia eram as salas de estudo livres, freqüentadas por qualquer pessoa que necessitasse aprender a ler e escrever: crianças, adolescentes e adultos. Lembrando que, se a infância era curta, a adolescência não existia. Além disso, não existia um trabalho pedagógico diferenciado de acordo com cada faixa etária; as classes podiam conter até 200 alunos. Estudavam pessoas de qualquer classe social; nessa época, não se fazia distinção entre eles. O convívio entre as classes sociais era normal em qualquer lugar da sociedade.
As meninas não iam para essas salas; elas eram educadas nas casas em que moravam e recebiam a educação que seus pais ou responsáveis lhe proporcionavam. Era costume mandar seus filhos para casa de amigos mesmo nobres, ou de um mestre em algum ofício, para aprenderem a ser adultos. Acreditavam que seus filhos precisavam aprender na prática suas