A contribuição da cultura indígena e africana na formação étnica e cultural dos habitantes da Serra do Machado no município de Itatira
4393 palavras
18 páginas
A contribuição da cultura indígena e africana na formação étnica e cultural dos habitantes da Serra do Machado no município de ItatiraJosé Vandeir Torres Viana
Contexto histórico, político e econômico
O município de Itatira está localizado na microrregião sertões de Canindé, com área de 783,347 Km2, sua população atual é de aproximadamente 18 894 habitantes, segundo dados do IBGE 2010. Faz limites ao Norte e Leste com o município de Canindé, ao Sul faz limites com Madalena, a Oeste com o município de Santa Quitéria. Fica à 176 km da capital cearense.
Uma parte do território do município de Itatira fica em cima da Serra do Machado, que antes era conhecida pelos indígenas como Serra da Samambaia, e a outra parte situa-se na depressão sertaneja. Nesta serra nascem três importantes bacias hidrográficas do Ceará, que são as bacias do Banabuiu, Curu e Acaraú. Seguindo os caminhos desses rios populações nativas e colonizadores portugueses povoaram essa região.
Quando os colonizadores portugueses chegaram por esta região a Serra ganhou novos nomes. A parte que foi desbravada pelo coronel Jerônimo Machado Freire passou a ser chamada de Serra do Machado, e o lado que foi explorado por Antônio Ferreira Braga ficou conhecida com Serra do Braga. Com o passar do tempo a denominação Serra do Machado se sobrepôs as demais e hoje toda essa serra é conhecida por esse nome.
Após o coronel Jerônimo Machado Freire ter desbravado essas serranias e ter iniciado o conflito indígena-colonizador, outros bandeirantes se aventuraram por ela e estabeleceram vários sítios. O primeiro deles foi o Sítio São Gonçalo de Antônio José de Sousa, depois o Sítio São Pedro fundado por Inácio Alves Guerra, o filho deste, Antônio Alves Guerra fundou o Sítio Belém onde foi construída a capela no ano de 1870 em homenagem a Menino Deus. Também são desse mesmo período os Sítios Jacu de Antônio de Paula Tavares e Olho D`água do coronel Antônio José Veloso.
Até meados do século XX, o povoado que deu