A contabilidade na era medieval
“Só as origens dos pensamentos nos podem dar melhor idéia de como se justificam os fatos presentes”.
Este trabalho acadêmico foi elaborado por meio de levantamento bibliográfico, com o intuito de acompanhar a evolução da História da Contabilidade no período medieval, compreendido entre 1202 e 1494 da Era Cristã. Ressaltando o desenvolvimento das civilizações, as influências árabes e a solidificação do sistema contábil das partidas dobradas.
2 O AMBIENTE DE RACIONALIZAÇÃO
“Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita”.
O colapso do império romano do ocidente e as invasões de diversos povos bárbaros, entre eles, visigodos, vândalos, burgúndios, suevos, saxões, ostrogodos, hunos, etc., ocasionaram na regressão drástica do comércio no continente, devido à insegurança generalizada e à desorganização das atividades produtivas. A Europa Ocidental, principalmente, permaneceu atrasada. Houve uma decadência intelectual, devido ao pouco valor dado pelos invasores à cultura livresca. A alfabetização ficou restrita aos mosteiros. Como a população tornou-se analfabeta em sua maioria, e praticamente não havia mais comércio, a Contabilidade assim como todo ramo do conhecimento que avança com o desenvolvimento da cultura humana, não evoluiu naquele período. No Oriente, sem os problemas decorrentes dos declínios das cidades e das sociedades, sem influência do clero, estruturou-se um critério de registros que mais tarde se aperfeiçoaria na Itália, na Baixa Idade Média, século XI ao XV, e que seria denominado de partidas dobradas ou partidas duplas.
2.1 O RENASCIMENTO DO MEDITERRÂNEO
A ascensão do islamismo foi um dos eventos mais significativos e de maior repercussão da história medieval e moderna. Como forma de conter a expansão da religião monoteísta, os cristãos do ocidente empreenderam as Cruzadas[1] para