contabilidade na idade medieval
Na idade média , a ciência contábil europeia sofreu um retrocesso. O colapso do Império Romano do Ocidente e a invasão bárbaros germânicos ocasionaram a diminuição drástica do comércio no continente, devido à insegurança generalizada e à desorganização das atividades produtivas. Houve uma decadência cultural, devido ao pouco valor dado pelos invasores à cultura livresca. A alfabetização ficou restrita aos mosteiros. Como a população tornou-se analfabeta em sua maioria e praticamente não havia mais comércio, não havia mais meio nem razão de se efetuar a contabilidade, ocasionando uma interrupção na evolução da ciência contábil.
No continente americano, no entanto, a civilização inca desenvolveu nesse período um original
,sistema de contabilidade os quipos (do quéchua quipu, "nó"[1]). Estes eram cordões de lã de lhama e alpaca ou de algodão que, através de nós, registravam quantidades úteis para a administração do Império Inca. O sistema numérico usado era o decimal, sendo que o nó, pela sua localização, podia estar na casa das unidades, dos decimais, das centenas ou dos milhares. A cor dos cordões significava um item padronizado: se o cordão fosse amarelo, por exemplo, representava milho, desde que de acordo com o contexto. Pois, dado o número de cores ser menor que o número de itens patrimoniais, cada cor podia representar mais de um tipo de item. Daí, o amarelo poder representar milho ou ouro, dependendo da situação. Dadas as complexidades na leitura dos quipos, existia um tipo de funcionário especializado na sua leitura: o "guardião do quipo" (quipucamayuc). Vale notar que, para cada tipo de uso do quipu (militar, econômico, estatístico, religioso etc.), existia um tipo de "guardião do quipo". Pode-se dizer que cada "guardião do quipo" se especializava num determinado ramo da contabilidade. Assim, existiam "guardiões do quipo" militares, religiosos, econômicos, estatísticos etc.