A Contabilidade At O Ano De 1976 No Brasil
A contabilidade no Brasil iniciou-se ainda na época Colonial (1530), e com a criação dos armazéns alfandegários em 1549, Portugal nomeia Gaspar Lamego como primeiro Contador Geral das terras do Brasil.
Em 16 de julho de 1679, é criada a Casa dos Contos, órgão responsável de fiscalizar as receitas e despesas de Estado, ganhando autonomia somente no reinado de João I, com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808, já que tal fato provoca uma série de alterações socioeconômicas e culturais, como a abertura dos portos às nações amigas, foi criado o Banco do Brasil, mas devido ao déficit dos cofres públicos fechou no ano seguinte.
O desenvolvimento social desse período, aliado a expansão da atividade colonial provocou um aumento nos gastos, exigindo um melhor controle das contas públicas e receitas do Estado, e para este fim foi implantado o órgão denominado Erário Régio.
Com a instalação do Erário Régio, foi introduzido o método das partidas dobradas, já utilizado em Portugal. O órgão era composto por um presidente com funções de Inspetor Geral, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por fazer toda administração financeira e fiscal.
O processo de escrituração contábil nos órgãos públicos tornou-se obrigatório em Portugal através do Alvará de 24 de dezembro de 1768. No Brasil, a primeira referência oficial à escrituração e relatórios contábeis ocorreu no ano de 1808, elaborada pelo Príncipe Regente D. João VI.
“Para o método de Escrituração e fórmulas de Contabilidade de minha real fazenda não fique arbitrário a maneira de pensar de cada um dos contadores gerais, que sou servido criarem para o referido Erário: - ordeno que a escrituração seja mercantil por partidas, por ser a única seguida pelas nações mais civilizadas, assim pela sua brevidade, para o manejo de grandes somas como por ser mais clara e a que menos lugar dá a erros e subterfúgios, onde se esconde a malícia e a fraude dos prevaricadores.”