A Conjuração e o Mito O texto base “Conjuração Mineira: novos aspectos” feito por Kenneth Maxwell mostra que para entendermos como surgiu as ideias revolucionárias e o porquê delas, temos que entender o contexto histórico, ou seja, os condicionamentos socioeconômicos. A extração do ouro em Vila Rica decaiu bruscamente na década de 1770 e com isso houve transformações na colônia e na Metrópole. Os impactos abrangeram a sociedade tanto econômica, social, cultural e politicamente. E com isso, naturalmente fez-se desenvolver a colônia. Porém, quando Melo e Castro chegou ao poder ele proibiu as fábricas e manufaturas, impondo um tradicional mercantilismo, causando um descontentamento em relação aos colonos para com a Coroa Portuguesa. O desgosto da população fez com que grupos que reunião para conversar, geralmente, sobre poesia, filosofia e política se interessassem pela relação da colônia com a Metrópole. E um dos grupos que ganhou destaque foi o que tinha como ponto de reunião a espaçosa mansão de Cláudio Manuel da Costa. Tinha integrantes como fazendeiros, juízes, advogados e padres. Estes tinham ideias revolucionárias e eram fortemente influenciados por personalidades como Thomas Jefferson e Raynal. Com isso, os valores plutocráticos e os magnatas influenciaram pessoas mais populares, como Tiradentes. O grupo composto por Francisco de Paula Freire de Andrade, Dr. José Alvares Maciel, José da Silva Rolim, Joaquim José da Silva Xavier, Carlos Correia e Alvarenga Peixoto tiveram como base os plutocráticos e com isso combinaram planos para o levante contra a coroa portuguesa. Ou seja, o poder da coroa não era benéfico para a sociedade colonial, pois restringia o crescimento da mesma e consequentemente desagradava a população. Então, inicio-se a Conjuração Mineira. Esta tinha ideias revolucionárias para a época, como estabelecer uma universidade em Minas, libertar escravos e mulatos nascidos no país, instalar parlamento em cada cidade, sendo este