A concepção sistemica da vida
A teoria do modelo sistêmico é uma visão científica sobre a vida. Esta teoria baseia-se em estudos de cientistas e teóricos de várias disciplinas, tais como: Iliá Priggogin, Manfred Eigen, Paulo Weis, Gregory Bateson e Ervin Laszlo, Santiago, Humberto Maturana e Capra. Diferente da concepção cartesiana, que fragmenta a realidade em partes que supostamente compõem o todo, a teoria sistêmica vê o mundo como um processo e não como uma estrutura. Nesta ótica, não existe somente adaptação dos seres vivos, mas integração, auto-organização e transcendência. A totalidade de um sistema organizado não é somente a somatória das partes que o compõe, mas resulta da interação e interdependência de suas partes.
Um outro aspecto importante deste sistema é que os seres vivos transcendem sua condição pela criatividade, ou seja, eles criam condições de vida. A diferença básica entre um organismo do ponto de vista mecanicista e na perspectiva sistêmica é o fato de que naquela visão, os componentes fazem parte de um conjunto em uma relação fixa de sua dinâmica, ao passo que no entendimento sistêmico as partes evoluem e possuem uma plasticidade. Esses organismos, nesta visão, são orientados para seus processos internos e se inter-relacionam com outros processos externos de maneira cooperativa. Além disso, os componentes podem variar em suas formas, dentro de certos limites. O aspecto transcendental deste tipo de organização dos seres vivos é de suma importância, na medida em que seus elementos ou componentes internos possuem certa independência em relação ao meio ambiente e conseguem se auto-organizar. O próprio sistema onde estão inseridos é que determina essa dinâmica reguladora, e não o meio ambiente. Na antiga visão da ciência mecanicista aplicada na biologia, por exemplo, há um determinismo imposto pelo meio ambiente e pela hereditariedade de suas características. Na visão sistêmica, a interação dos organismos com o meio ambiente é