A commedia dell’arte e o teatro italiano.

Resenha:

DEGAINE, André. Histoire du Théâtre. Saint Genouph: Librairie A. G. NIZET, 1992.

A commedia dell’arte e o teatro italiano.

O texto A commedia dell’arte e o teatro italiano, vem falar desse novo gênero teatral, que subsistiu do século XVI ao século XVII, conquistando toda Europa e rompendo com o convencional da época e mostrando que estava aberto para novos acontecimentos, onde filosoficamente os atores beberam dessas duas fontes do conhecimento: o teatro convencional ao teatro do improviso, sem texto. Essa manifestação artística priorizava o texto cênico, de ação espontânea e que foi capaz de transformar a linguagem de um teatro intelectualizado para uma apresentação carnavalesca, que era a visão da época.
A dell’arte tinha em sua configuração cênica uma abordagem livre, onde as apresentações eram realizadas nas ruas e praças, com seus palcos improvisados e temporários no qual não existia um figurino estabelecido e os artistas usavam a criatividade e falavam o que queriam, trazendo uma linguagem acessível e reconhecível para as mais diversas plateias. É importante ressaltar que modelo teatral foi bastante perseguido pela igreja, pois o teatro religioso, não fazia parte desse novo pensamento do renascimento.
Tendo como configuração um novo espaço cênico, é abordado no texto as influencias de Vitruvius no qual observava o teatro a partir da sistematização dos três tipos de cena teatral: a trágica, a cômica e a satírica. No discurso do texto Degaine aborda a formação do teatro romano como sendo palco de referência para a construção do teatro italiano, mas fazendo mudanças nas suas perspectivas, ou seja, acrescentar cinco aberturas na arte frontal do palco. É citado o teatro Olímpico de Vicenza, como exemplo de construção da época em que reunia todos os elementos satisfatórios em sua estrutura arquitetônica. No avanço das grandes produções de óperas na Europa os teatros passaram por novas mudanças, à parede do fundo do palco foi removida