A Classifica O Do Relevo Brasileiro
O território brasileiro possui uma grande diversidade de formas e estruturas de relevo, como serras, escarpas, planaltos, planícies, depressões, chapadas, tabuleiros, cuestas e muitas outras.
Apesar de tentativas anteriores, somente na década de 1940 foi criada uma classificação dos compartimentos do relevo brasileiro considerada mais coerente com a realidade geomorfológica do nosso território.Ela foi elaborada por um dos primeiros professores do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), Aroldo de Azevedo (1910-1974),que, considerando as cotas altimétricas, definiu planaltos como terrenos levemente acidentados, com mais de 200 metros de altitude, e planícies como superfícies planas, com altitudes inferiores a 200 metros.
Em 1958, Aziz Ab’Sáber, também professor do Departamento de Geografia da USP, publicou um trabalho propondo uma alteração nos critérios de definição dos compartimentos do relevo. A partir de então, foram consideradas as seguintes definições:
Planalto – área em que os processos de erosão superam os de sedimentação.
Planície - área mais ou menos plana em que os processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente das cotas altimétricas.
Em 1989, Jurandyr Ross, outro professor do Departamento de Geografia da USP, divulgou uma nova classificação do relevo brasileiro, com base nos estudos de Aziz Ab’Sáber e na análise de imagens de radar obtidas no período de 1970 a 1985 pelo projeto Radambrasil.
Depressão – relevo aplainado, rebaixado em relação ao seu entorno; nele predominam processos erosivos.
Os recursos tecnológicos disponíveis em 1989 permitiram a Ross fazer um levantamento muito mais detalhado e preciso que os anteriores.Porém, os mapas de Azevedo e Ab’Sáber são simplificações didáticas.
Aziz Ab’Sáber, por exemplo, elaborou mapas de relevo com finalidade científica bem mais complexos que o apresentado com finalidade didática.
Nas três classificações do relevo brasileiro que