Relevo
Aroldo de Azevedo e a classificação do relevo brasileiro Uma das mais antigas divisões do relevo foi na década de 1940 pelo professor Aroldo de Azevedo que serviu de base para todas as outras divisões feitas posteriormente. Ao elaborar sua divisão, ele levou em conta principalmente as diferenças de altitude. Desse modo as planícies foram classificadas como as partes do relevo relativamente planas com altitudes inferiores a 200 metros. Por sua vez, os planaltos foram considerados as formas de relevo levemente onduladas. Essa classificação divide todo o território brasileiro em planaltos, cuja área total ocupa 59% de toda a superfície do país, e planícies, que ocupam os 51% restantes.
AB’SABER
No final da década de 1950, o professor Ab'Saber aperfeiçoou a divisão do professor Aroldo de Azevedo, introduzindo critérios geomorfológicos, especialmente as noções de sedimentação e de erosão. As áreas nas quais o processo de erosão é mais intenso do que a sedimentação foram chamadas de planaltos. As áreas em que os processos de sedimentação supera o de erosão foram denominadas planícies. Nota-se, assim, que essa classificação não leva em conta as cotas altimétricas do relevo, mas os aspectos de sua modelagem, ou seja, a geomorfologia.
JURANDYR ROSS
Em 1989 o professor Jurandyr Ross elaborou uma outra classificação do relevo, dessa vez usando como critério três importantes fatores geomorfológicos: - a morfoestrutura- origem geológica; - o paleoclima- ação de antigos agentes climáticos; - o morfoclima- influência dos atuais agentes climáticos. Trata-se de uma divisão inovadora, que conjuga o passado geológico e o passado climático com os atuais agentes escultores do relevo. Com base nesses critérios, o professor Ross classifica três tipos de relevo: - planaltos- porções residuais salientes do relevo, que oferecem mais resistência ao processo erosivo; - planícies- superfícies essencialmente planas,