A classe dos nomes
A luz do texto estudado, percebemos o quanto a discussão sobre como classificar as palavras é, dentre outros tantos temas gramaticais, motivo de infinitos estudos. A cerca disto, Mattoso Câmara (1980: 67-70) propõe o seguinte quadro de classificação dos vocábulos formais: Verbo Nome
Substantivo: termo determinado
Adjetivo: termo determinante de outro nome
Advérbio: termo determinante de um verbo Pronome
Substantivo: termo determinado
Adjetivo: termo determinante de outro nome
Advérbio: termo determinante de um verbo
Nesse contexto, Cunha (NGPC 2001: 246) ratifica que “a subdivisão dos nomes portugueses em substantivos e adjetivos obedece a um critério basicamente sintático, funcional”. Porém, juntamente com o autor em resenha, concordamos que nos parece mais razoável não considerar que a base está no critério sintático, mas numa combinação dos aspectos semânticos e funcional, que descreverá se, dentro de um sigma dual é possível haver palavras que predominem como adjetivos ou como substantivos. Tal descrição parte do pressuposto de que essas duas classes são, ambas representantes dos “seres”, cabendo aos substantivos nomeá-los e aos adjetivos caracterizá-los. Parte também do pressuposto de que a adjetivação de substantivos e a substantivação de adjetivos são dois fenômenos comuns na língua portuguesa. Permite-nos até, concluir, por exemplo, que na junção de dois substantivos, é sempre o segundo deles que funciona como adjetivo. Ex: Ela usava uma bermuda balão. Neste exemplo, temos dois substantivos, “bermuda” e “balão”. Em que “bermuda” funciona como substantivo e “balão” como adjetivo. Assim, faz-se necessário estabelecermos algumas definições como, Desinência de