A Civilização do Ocidente Medieval-Jacques Le Goff
Capítulo VI
Estruturas Espaciais e Temporais (Séculos X-XIII)
O texto inicia com a descrição das paisagens no ocidente medieval e o compara ao oriente muçulmano exaltando suas florestas e rios. Faz também alusões à personagens do imaginário medieval que viviam ali suas histórias. Além disso, acentua a importância desse ambiente para as pessoas que ali viviam. Já nesse começo percebemos toda a importância dessas “ferramentas” para o homem medieval, tanto para os camponeses quanto para os senhores, donos dessas terras. É na floresta que consegue todo seu sustento, mas é lá também que vivem os maiores perigos, tanto reais como imaginários. Nas florestas se refugiavam andarilhos, cavaleiros, bandidos. Todos os que eram adeptos da fuga ao mundo. Nelas existiam muitos atrativos para essas personagens. Para o cavaleiro era mais um local de caça, enquanto para o camponês era de onde tirava seu sustento além de produtos como mel e o carvão. Sobre os perigos podemos citar os lobos, os bandidos, as pilhagens, além dos monstros que permeavam o imaginário medieval. Uma das muitas “soluções” vistas para esses problemas era a caça aos lobos. Quem se negava a caçá-los sofria severas punições. A sociedade medieval era bastante rotativa. Ao contrário do que se pensa, não era formada por sedentários, mas sim por andarilhos que iam de cidade em cidade, ultrapassavam fronteiras para procurar um pedaço de terra no qual pudessem trabalhar. O grande problema é que essas terras eram cedidas pelos senhores e na hora que quisessem poderiam tomá-las de volta, fazendo com que para o camponês nada mais restasse. Como não existia a noção de pátria muitos se desgarravam muito facilmente, indo para onde achassem melhores condições. A imigração campesina era um grande fenômeno na sociedade medieval. Um dos grandes motivos dessa imigração era a religião cristã. Tal qual o ensinamento de Cristo “Deixa tudo e me segue” os camponeses