Resumo do livro o Deus da idade Media
Enquanto o mundo se afoga em profecias apocalípticas de fim dos dias, Igrejas das mais diversas surgem prometendo a salvação, esta sendo rejeitada gradativamente por um mundo que torna-se apático ao que no passado era a razão de todo um comportamento regrado. Se hoje podemos nos imaginar livres de religiões e dogmas, o ocidente medieval não podia. É impossível dissociar Deus, Igreja Católica e a Idade Média, dado o grau de importância que esta Igreja possuía e sua influência sobre toda uma civilização, com diversos resquícios que duram até hoje. Este cenário, que podemos chamar de exótico caso queiramos nos utilizar de eufemismo, é ideal para inspirar uma boa obra. E esta resenha fala de uma. Mais precisamente O Deus da Idade Média, do medievalista francês Jacques Le Goff. Sendo um dos maiores medievalistas do mundo, Le Goff dedicou a maior parte de suas obras a essa época tão cheia de nuances. Neste livro, o autor foca na presença de Deus neste período, desenvolvendo a obra através de conversas – como já explicita o sub-título – com o historiador e redator-chefe da revista Le Monde de La Bible, Jean-Luc Pouthier. O livro aborda diversas questões. É discutida, por exemplo, a visão que a população medieval possuía de Deus, como o imaginavam e sua relação com o mesmo. Logo no primeiro capítulo, com poucas palavras, Le Goff explicita o início do Cristianismo e esboça sua expansão:
“A Antiguidade tardia é o período em que o Deus dos cristãos se torna o Deus único do Império Romano. Esse Deus é um Deus oriental que consegue se impor no Ocidente. Os primeiros grupos de cristãos se desenvolveram um pouco à maneira de uma seita, que faz conquistas e cujo número de membros cresce.” (1)
Ainda no mesmo capítulo, é importante frisarmos a influência de