A civilizaçao muçulmana
A Península Arábica era um ponto de passagem no comércio entre a Ásia e a Europa, principalmente, a zona mediterrânica.
O Poder Islâmico tinha estado vinculado a famílias de origem árabe que, com muita frequência, estavam directamente relacionadas com Maomé. Todavia, essa situação tornava-se cada vez mais difícil de manter, na medida em que a maioria dos povos que tinham abraçado o Islão não eram árabes, e os respectivos súbditos pretendiam uma distribuição mais equitativa do poder.
A quebra mais significativa dessa regra não escrita do poder islâmico produziu-se com o aparecimento do império otomano. A primeira manifestação deste surgiu num pequeno principado situado no Noroeste da Anatólia, nascido após a derrocada do sultanato de Rum.
Por volta de 1325, os otomanos, ardentes entusiastas da ideia de uma guerra santa, conquistaram Bursa, que se converteu na sua capital, e em 1338 expulsaram os bizantinos da Anatólia. A partir desse momento, a expansão otomana tornou-se imparável. Em 1453, o sultão Maomé II chegou mesmo a conquistar Constantinopla. Ao longo do século XVI, os otomanos expandiram-se pelo Irão, Síria e Egipto, mas transformaram-se, sobretudo, num pesadelo para a Europa, onde se chegou a pensar que poderiam ser o sinal que anunciava o final dos tempos.
Paralelamente, foram surgindo em diferentes partes do império governantes que possuíam uma autonomia quase total em relação ao governo central. Esta situação provocou uma dupla reacção que viria a encontrar paralelo no Islão do século XX Enquanto um sector do império