A cidade antiga de fustel de coulanges
Crenças antigas
I. Crenças sobre a alma e sobre a morte
Nessa primeira parte do livro de Fustel, o autor menciona que desde os primórdios da civilização indo-européia não se acreditava que o fim se dava com a morte do homem. Essas civilizações já acreditavam em uma segunda existência e essa se passava nessa própria dimensão, a alma não viveria em outro mundo, continuaria presa a esta terra. Na antiguidade acreditava-se que junto ao corpo era enterrado algo com vida. Acreditava-se tão fortemente nessa hipótese que junto ao corpo era enterrado objetos pessoais, comida, tudo q julgassem necessário para o bem estar daquela alma debaixo da terra. Surgiu nessa época a necessidade do sepultamento. Acreditava-se que para a alma ter descanso o corpo deveria ser coberto por terra. Caso isso não a acontecesse se tornaria uma alma errante, desgraçada e se tornaria uma alma perversa que viria a atormentar as pessoas. Todavia esse sepultamento não poderia ser realizado de qualquer forma, deveria seguir certos ritos fúnebres. Caso esses ritos não fossem seguidos a alma se tornaria errante da mesma forma se não tivesse sido sepultada. Em algumas cidades a privação da sepultura era utilizada como pena para grandes crimes, pois se punia a alma. Acreditava-se que a alma não se libertava totalmente da condição humana. Essa alma tinha necessidades, como alimentação. Assim em certos dias eram levadas oferendas aos túmulos e para isso também eram respeitados certos ritos. O alimento era exclusivo para o morto, não podendo ser violado. A violação era considerada impiedade. Essas crenças vieram a exercer domínio na humanidade durante gerações. No livro são comparadas as civilizações grega, romana e hindu. Veremos que essas crenças regeram essas sociedades e originaram a maior parte das instituições domésticas e sociais.
II. O culto dos mortos
Como já foi dito, como os mortos necessitavam de alimentos, era necessário que os vivos