a cidadania no percurso histórico e o reflexo na publicidade
1.1.1. As origens grega e romana
Em termos de percurso histórico, é interessante constatar que um tema que se mostra tão contemporâneo, por permear uma série de discussões sobre os atuais papéis do Estado e da sociedade civil, seja tão antigo. Este é o caso da cidadania. O termo voltou a ser empregado em diversas “falas” e multiplicaram-se nos últimos anos as “teorias da cidadania”, mas sua origem remonta da pólis grega.
Havia naquele momento participação política, para os homens livres, que podiam debater seus direitos e deveres. São oriundos deste período, também, os primeiros debates sobre esferas privadas e públicas.
Víamos neste momento o “espírito da democracia”, mas não se pode afirmar que a cidadania era plena, uma vez que incluía apenas os homens livres, deixando de fora mulheres, crianças e escravos.
É importante refletirmos também sobre a “herança” deixada pelo Império Romano para esta discussão. Com a extensão do império, não era mais possível falar em participação direta, porém Roma proporcionava proteção jurídica para os membros do império que desejavam ser reconhecidos como cidadãos.
Podemos afirmar que decorre desta experiência ocorrida em Roma o entendimento da cidadania como um estatuto jurídico. Mais que uma exigência de implicação política, teríamos então uma base para reclamar direitos, e não um vínculo que pede responsabilidades.
E, como afirma Cortina (2005), de alguma forma, liberalismo e republicanismo prolongarão cada uma das duas tradições, embora em nossos dias nenhuma se mantenha em estado puro.
2.1 A cidadania no percurso histórico 2.1.1.da pólis grega ao Estado de Direito
Esta breve síntese de como a questão da cidadania era tratada na Grécia e em Roma preparam o terreno para que possamos entender melhor a configuração atual do conceito, que procede dos séculos XVII e XVIII, das revoluções francesa, inglesa e americana e do nascimento do capitalismo.
Assim como outros autores, Maria