A casa caiu
O Capão do Bispo, patrimônio tombado pelo Iphan e que abriga parte do Instituto há 37 anos, não vai bem das pernas: precisa de reformas urgentes para não desmoronar. De um lado, o IAB quer ficar, mas não tem dinheiro para bancar as obras; de outro, a secretaria não tem interesse em investir num imóvel ocupado por uma organização privada. Correndo por fora, há o Iphan, que exige a restauração da casa desde 2006, assim como a preservação dos bens do museu, ambos sob sua proteção.
“Estamos lutando para ficar. Aqui é um centro importante de pesquisas, trabalhamos junto à comunidade e ainda temos espaço para expor as relíquias do acervo”, declara Paulo Seda, vice-presidente do IAB. “Mas temos a sensação de não ter mais como levar adiante essa luta. A secretaria não cede e não conseguimos apoio externo”, completa.
Secretaria quer construir um centro cultural
A sede oficial do IAB não fica no Capão do Bispo, mas sim no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Segundo a Secretaria de Cultura, os seis prédios construídos na cidade teriam capacidade e condições ideais para armazenar todo o acervo do IAB, embora a direção do instituto alegue que seria praticamente inviável manter um museu e um centro de pesquisa ali. Os motivos são óbvios: Belford Roxo fica longe do centro turístico do Rio de Janeiro, na contramão tanto para visitantes quanto para funcionários e estudantes que frequentam o espaço em Del Castilho.
A secretaria também afirma não ter mais condições de permitir a estada prolongada da organização privada nas