A carta de Atenas - resenha
Le Corbusier é o sobrenome profissional de Charles Edouard Jeanneret-Gris (1887- 1965) considerado juntamente com Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto, Mies van der Rohe e Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos do século XX. Estudou artes e ofícios em sua cidade natal, na Suíça, e depois estagiou por dois anos no estúdio parisiense de Auguste Perret, na França. Embora sua principal carreira tenha sido a de arquiteto, também foi competente na pintura e na teoria artística. Entre suas obras destacam-se, em título traduzido, “Por uma arquitetura” (São Paulo: Editora Perspectiva, 1998), “Planejamento urbano” (São Paulo: Editora Perspectiva, 1976) e “A Carta de Atenas” (São Paulo: HUCITEC, 1989) que é o manifesto urbanístico resultante do IV Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), realizado em Atenas em 1933.
A principal premissa de transformação social proposta pelos CIAM é a de que a arquitetura e o urbanismo modernos seriam os meios para a criação de novas formas de associação coletiva, de hábitos e de vida cotidiana.
A cidade moderna seria, segundo as ideias de Le Corbusier, o casamento entre progresso social, tecnológico e urbanístico. Diante das mudanças empreendidas pela máquina, pela indústria e pelo capitalismo industrial não era mais possível conceber a cidade sem que esta não passasse pela revolução da era moderna e todas suas implicações. A cidade planejada para o autor era o meio para se promover o crescimento social, econômico e humano. Ou seja, é proposto no texto a elaboração de um modelo de cidade infinitamente reprodutível, uma vez que seria baseado em estudos exaustivos das necessidades básicas dos seres humanos e que seriam as mesmas em todas as partes do mundo. A partir disso, os objetivos do planejamento são definidos a partir de cinco funções básicas e vitais para a concepção