A carta acerca da tolerância

A carta acerca da tolerância não foi escrita meramente em vão por John Locke, mas com um propósito: A liberdade. Acredito que vindo de uma família puritana e tendo uma educação altamente rigorosa e disciplinada, foi apenas um ponto de partida para a prévia desse livro. Desde a sua passagem para a Christ Church em Oxford, tem como Deão, o Dr. Owen, esse mesmo impunha regras muito rígidas, ao mesmo tempo que não transigia sobre os artigos da fé, ele dizia que: “ nada na Bíblia ordenava que os heréticos fossem reprimidos pela força, a tarefa do magistrado é manter a ordem , não impor a religião. Cada um é livre para adorar a Deus segundo a sua consciência”. Locke, sendo profundamente religioso, acreditava que Deus era um ser poderoso, sábio e de uma bondade extremamente justa para aqueles que seguissem sua religião de acordo com suas regras. De 1685 a 1689, Locke viveu exilado na Holanda, seu amo, o conde de Shaftesbury fora acusado de ter participado de um complô contra o rei Carlos II Stuart e seu filho Jaime. Dos acusados pela conspiração, alguns fugiram, outros foram presos, julgados e executados.
Na Holanda, Locke viveu escondido, às vezes usando nomes falsos para evitar as autoridades inglesas. Por volta de 1685-1686, ainda no primeiro ano de exílio, Locke escreve em latim sua Epistola De Tolerantia. Em 1689 Locke retorna à Inglaterra, publica anonimamente o texto na cidade de Gouda, Holanda. No mesmo ano, seu amigo, William Popple, traduz para o inglês que também a publicou anonimamente com o nome de A Letter Concerning Toleration.
É importante que conheçamos a vida do autor, assim o entendimento de sua obra abre um campo de visão mais extenso e em momento algum podemos dizer que um filósofo está fora de sua sanidade mental quando cria um questionamento, acredito que todos têm um objetivo relativo e explicável, afinal de contas, se um filósofo não fosse de certa forma congruente em suas ideias, não ouviríamos nada sobre seus feitos, assim como Locke teve uma