A caixa e o brinquedo
A escola é comparada a uma caixa e o brinquedo comparado aos nossos conhecimentos.
O trabalho desenvolvido em aula tem que ser significativo para os educandos. Eles têm que entender os motivos que levam os professores, as escolas, as secretarias e delegacias de ensino e órgãos superiores, a lhes imputar um determinado conhecimento. Se as propostas forem entendidas e se vincularem ao movimento que rege a vida deles, então será digerido com enorme prazer. A digestão não será inconveniente. Não surgirão dores de barriga como efeitos colaterais...
Como bem esclarece Rubem Alves na introdução, ele e Gilberto tinham fome. Fome de conhecimento, de informação, de compreensão de mundo. O problema é que as escolas desvinculavam seus programas de curso de tudo aquilo que acontecia fora dos limites estreitos das paredes que separavam a escola do mundo lá fora...
Como não cumpriam com aquilo que as escolas esperavam deles, foram tidos como "maus alunos", era fracassado, afinal de contas, as escolas tinham os "critérios certos" e eram as instituições mais importantes na vida de qualquer pessoa que sonhasse com o sucesso na vida adulta.
Que diferenças podemos perceber entre a escola de nossos pais, a de nossos avós e da nossa? A escola tem que desafiar os alunos, tem que fazer com eles se sintam vivos, tem que proporcionar prazer...
Os autores desse livro são admiráveis pensadores que são Gilberto Dimenstein e Rubem Alves, que se dedicam em escrever temas relacionados com a educação, sem deixar de expor que o dois são escritores, o Gilberto ainda escreve crônicas para o jornal Folha de São Paulo.
O livro faz com que paremos e repensemos em nossa prática pedagógica. Retrata com clareza, sem entrelinhas o quanto à escola e professor tem que mudar quanto a educação, o educador, os alunos, a família de ambos e a visão sobre o assunto, sob o prisma da sociedade. Aprenda errando!!!!!
A curiosidade por sua vez é a voz do corpo fascinado com o mundo.