A caixa problema de thorndike
Aproveitando alguns caixotes e pedaços de madeiras, Thorndike projetou e construiu caixas-problema para utilizar nas pesquisas com os animais. Para conseguir escapar da caixa, o animal tinha que aprender a mexer no trinco. Thorndike extraiu a idéia de utilizar a caixa-problema como um aparato para estudar a aprendizagem dos relatos anedóticos de Romanes e Morgan, que descreviam o modo como cães e gatos conseguiam abrir os trincos das portas. Em uma série de experimentos, Thorndike colocava um gato faminto na caixa feita de ripas de madeira. Deixava a comida do lado de fora da caixa como um prêmio por ele conseguir escapar. O gato tinha de puxar uma alavanca ou corrente e, às vezes, repetir muito a manobra para afrouxar o trinco e conseguir abrir a caixa. No início, o gato exibia comportamentos aleatórios, como empurrar, farejar e arranhar com as patas, tentando alcançar a comida. Por fim, acabava executando o comportamento correto, destravando a porta. Na primeira tentativa, esse comportamento ocorria sem querer. Nas tentativas subsequentes, os comportamentos aleatórios mostravam-se menos frequentes, até que aprendizagem fosse completa. Então, o gato passava a demonstrar o comportamento apropriado assim que era colocado dentro caixa. A fim de registrar os dados, Thorndike adotava medições quantitativas de aprendizagem. Uma das técnicas consistia em registrar o número de comportamentos incorretos, ou seja, das ações que não resultavam na abertura da caixa. Depois de uma série de tentativas esse número diminuía. Outra técnica adotada consistia em registrar o tempo decorrido do instante em que o gato era colocado na caixa até o momento em que ele conseguia sair. Assim que a aprendizagem se concretizava, esse intervalo diminuía. Thorndike escreveu sobre uma tendência de resposta em que “gravar” ou “apagar” acontecia de acordo com êxito ou fracasso das consequências. A tendência a respostas fracassadas que não resultam